As marcas nativas digitais — aquelas que nasceram e operam prioritariamente no ambiente online — estão consolidando sua presença no e-commerce brasileiro e começando a disputar espaço também nas gôndolas do varejo físico. É o que aponta um estudo recente da NielsenIQ, que analisou a performance de vendas e a percepção dos consumidores em relação a essas marcas em 2024.
O levantamento destaca que as lojas com operação exclusiva no online cresceram 38,1% no ano ado e já representam 67,4% das vendas do canal. O e-commerce como um todo movimentou R$ 1,7 trilhão em 2024, configurando-se como o segundo maior canal de vendas no país, com alta de 19,1% no faturamento e de 15,9% no número de consumidores ativos.
Resultados específicos 1fc4i
Entre os destaques estão as marcas de skincare, que vêm ganhando participação no digital. A fatia das nativas digitais na categoria saltou de 1,6% em outubro de 2023 para 6,6% em abril de 2025, segundo dados de market share monitorados mês a mês. A tendência reflete a adaptação do consumidor a novas marcas e formatos de consumo, impulsionada pela comodidade da compra online e pela presença dessas empresas nas redes sociais.
Mais “físicas” 1iu4c
O avanço das marcas nativas digitais também começou a se refletir no ambiente físico. Em 2023, nenhuma delas aparecia entre as 30 maiores da categoria no ranking combinado de vendas on e off. Já em 2024, três marcas desse perfil aram a figurar entre as Top 30, indicando um movimento de transição e ganho de escala fora do digital.
A NielsenIQ prepara ainda uma nova fase do estudo com foco em hábitos e motivações de compra. A pesquisa deve abordar desde a experiência do consumidor com marcas nativas até os atritos na jornada de compra, ando por preço, percepção de qualidade e influência das redes sociais.