Durante duas décadas, o SMS dominou a comunicação móvel. Simples, direto e funcional, foi adotado por usuários e empresas no mundo todo. Mas a pergunta que paira sobre o mercado hoje não é se o SMS está morrendo, mas sim por que ele ainda não foi enterrado de vez.

A resposta envolve tecnologia, experiência do usuário e, sobretudo, estratégia de negócios. Mais do que uma simples troca de mensagens, plataformas como o WhatsApp se tornaram verdadeiros canais de venda e relacionamento com o consumidor, impulsionados por mudanças drásticas de gigantes como a Meta.
A cartada da Meta: preço zero para matar o SMS 2x1c6a
A Meta deu um golpe decisivo quando anunciou a gratuidade das mensagens de serviço e a redução significativa nos custos das mensagens de utilidade no WhatsApp Business API. Essa movimentação tornou o envio de notificações e atualizações via WhatsApp não apenas mais eficaz do que o SMS, mas também mais barato.
Para as empresas, isso foi o equivalente a uma estrada aberta: mais alcance, mais engajamento, menos custo.
“A campanha de lançamento do iPhone 15 foi a melhor dos últimos dez anos por conta da utilização do WhatsApp no centro da estratégia da companhia. Saímos de um canal limitante sem conversação como o SMS e migramos para o principal canal e queridinho do brasileiro, o WhatsApp”, afirmou uma das líderes entrevistadas no Chat Commerce Report 2024.
O que muda na prática para o varejo? 562t5e
A experiência de compra conversacional – integrada, personalizada e disponível em tempo real – é o novo padrão de consumo. E o WhatsApp é a principal vitrine desse comportamento.
Segundo o Chat Commerce Report 2024, enquanto a taxa de conversão em vendas do e-commerce está em cerca de 1,92%, os canais de chat convertem, em média, 12%.
Isso ocorre porque o WhatsApp não apenas entrega a mensagem – ele abre uma conversa. Ao receber um alerta sobre a entrega, o cliente pode tirar dúvidas com o atendente. Ao receber uma oferta, pode comprar ali mesmo com um clique. No SMS? Isso termina num link (muitas vezes ignorado) e sem retorno.
SMS x WhatsApp: a disrupção da vez 6p5kt
Para entender o que está acontecendo com o SMS, vale olhar para outras indústrias que aram por disrupções semelhantes:
– Uber x táxis: com uma interface melhor, rastreio em tempo real e pagamento via app, o Uber matou a espera por um táxi na rua.
– Netflix x locadoras: a experiência sob demanda, com curadoria e personalização, derrotou a mídia física.
– Airbnb x hotéis tradicionais: o direto ao proprietário, experiência única e preços competitivos transformaram o turismo.
– WhatsApp x SMS: conversas ricas, interativas, multimídia, com rastreabilidade e integração com sistemas. O que o SMS fazia em 160 caracteres o WhatsApp faz com vídeo, botão de compra, link de pagamento e IA.
A inteligência por trás da conversa 3j4u29
Outro fator que enterra de vez o SMS é o uso de inteligência artificial e automações conversacionais, uma tendência em crescimento acelerado. No WhatsApp, empresas já estão utilizando bots com IA generativa para escalar atendimento e vendas com personalização e fluidez.
O Chat Commerce Report 2024 mostra que mais de 45% dos atendimentos nos canais de conversa são resolvidos total ou parcialmente por IA. A tendência é clara: não se trata mais de enviar mensagens, mas de construir relacionamentos escaláveis e vender por conversa.
O fim do SMS? 6r6a5w
Não há mais espaço para o SMS como canal primário. Ele ainda é usado pontualmente para autenticações ou em regiões com menor penetração de internet, mas perdeu seu lugar como ferramenta de engajamento.
Empresas que insistem em estratégias baseadas em SMS enfrentam taxas de abertura menores, menor taxa de resposta e uma experiência de marca desconectada da jornada digital do cliente.
Já aquelas que adotaram o WhatsApp como canal principal, apoiadas por tecnologia, automação e inteligência conversacional, estão mais próximas do consumidor e mais prontas para vender. De acordo com Chat Commerce Report 2024, 59% era a taxa de abertura média de campanhas no WhatsApp, 9% das vendas no e-commerce são influenciadas pelo WhatsApp e o ROAS médio das campanhas no WhatsApp é de 25x.
Conclusão: o SMS não está morrendo. Ele já morreu. 4i2l2v
Como aconteceu com locadoras, táxis e CDs, o SMS está sendo substituído por uma nova era de comunicação com foco em experiência, conversão e personalização. A Meta não apenas barateou o o – ela viabilizou o fim definitivo do SMS como o conhecíamos.
O WhatsApp assumiu o trono, e agora não é mais só sobre mensagens. É sobre negócios, vendas e relacionamento. E quem ainda não percebeu isso, corre o risco de ficar preso no ado – a 160 caracteres de distância do seu próximo cliente.