No Brasil, as pessoas seguem apostando no empreendedorismo. Segundo uma pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o número de CNPJs chegou a 1.407.010 até março de 2025. Mas, se por um lado o número de interessados em empreender aumenta, por outro, os desafios também evoluem, exigindo novos conhecimentos, novas ferramentas e um novo olhar para o mercado.

Empreender não é apenas sobre ter uma boa ideia ou o desejo de “ser o próprio chefe”. É sobre disciplina, consistência, capacidade de adaptação e, principalmente, entendimento de como o mundo está mudando. Assim, dois conceitos se destacam nesse novo cenário: inteligência artificial (IA) e customer experience (CX), que não são apenas tendências, são pilares. E existe uma diferença fundamental entre eles: a IA é a tecnologia, e o CX é o resultado que você deseja alcançar com ela.
Personalização deixa de ser tendência e se torna exigência 576su
Hoje, mais de 88% dos líderes de experiência do cliente já consideram a personalização um requisito essencial no uso de novas tecnologias — especialmente quando falamos em IA. O dado é do relatório global CX Trends 2025, da Zendesk, que entrevistou mais de dez mil consumidores e líderes de negócios em 22 países, incluindo o Brasil. Isso porque, com essa tecnologia, é possível automatizar processos, prever comportamentos e tomar decisões mais assertivas com base em dados.
Já com o customer experience, é possível perceber como o cliente interage com a sua marca. Ou seja, usar IA não garante um bom CX, mas uma IA bem aplicada pode transformar completamente a experiência do cliente. O futuro pertence a quem souber unir os dois: inovação com empatia, automação com personalização.
IA bem aplicada transforma a jornada do consumidor 456l1h
Essa transformação já é realidade. Ainda, de acordo com o mesmo relatório da Zendesk, mais de 73% dos profissionais de atendimento afirmam que a presença de um “copiloto de IA” — sistemas que auxiliam os agentes durante os atendimentos — melhorou consideravelmente seu desempenho. E esse ganho de produtividade se reflete diretamente na jornada do consumidor, que hoje está mais exigente, mais informado e menos tolerante a experiências ruins.
Apesar de todas as tecnologias disponíveis, empreender continua sendo sobre pessoas. Para isso, algumas habilidades continuam sendo insubstituíveis. Nada grande se constrói sozinho. No início, talvez você só tenha um parceiro, um fornecedor ou um cliente. Mas já será preciso saber como se relacionar, dar e receber s, entender o que motiva e o que trava as pessoas.
Outro ponto importante é ter um bom planejamento. Sem ele, não há crescimento. Criar metas, organizar prazos e usar ferramentas (como OKRs ou aplicativos de produtividade) podem parecer simples, mas fazem toda a diferença entre estagnar ou avançar. Além disso, o autoconhecimento é o combustível da evolução. Quem não reconhece seus pontos fracos dificilmente conseguirá liderar outros ou lidar com os obstáculos do caminho.
Ao pensar em habilidades técnicas, é necessário dominar ou ao menos conhecer bem a análise de dados. Saber extrair insights de relatórios, dashboards e pesquisas pode revelar oportunidades escondidas e tornar suas decisões mais estratégicas. A IA pode ser uma grande aliada nesse processo. Ferramentas de automação, atendimento, recomendação de produtos ou análise de comportamento estão cada vez mais íveis. E mais do que isso: os consumidores já estão preparados para essa realidade — 67% afirmam que preferem delegar tarefas repetitivas a assistentes de IA, segundo a Zendesk.
No fim das contas, não se trata de escolher entre tecnologia e humanização, mas de aprender a equilibrar esses dois mundos. Entender o comportamento humano e aceitar que a atualização deve ser constante são atitudes essenciais para compreender cada vez mais o cliente e se adaptar rapidamente. Afinal, empreender é, e sempre será, sobre criar valor real para as pessoas.