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Hiperpersonalização e IA: o novo código do marketing em 2025 3c5f31

Por: Bruno Brito 143p6p

CEO da Empreender

Co-fundador da Empreender, empresa que desenvolveu o Dropi (maior plataforma de dropshipping da América Latina) e mais de 20 apps como SAK, Rastreio.net, Lily Reviews e Landing Page.

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Se tem algo que o consumidor de 2025 não aceita mais, é ser tratado como um número. Ele espera que cada interação com uma marca — do anúncio à entrega — seja relevante, útil e feita para ele.

Três profissionais em reunião, usando laptops, vistos através de um vidro com adesivos, em um ambiente moderno e colaborativo.
Imagem: Reprodução.

Essa não é mais uma ambição distante. É uma expectativa real, que já está moldando o marketing digital. E é aqui que entram dois pilares que vão guiar as decisões das marcas daqui em diante: hiperpersonalização e inteligência artificial aplicada com estratégia.

Por que personalizar é o mínimo — e hiperpersonalizar é o novo padrão? 3rs2a

Durante muito tempo, falamos em “segmentar” para entender e atender melhor. Funcionou por um tempo. Mas, em 2025, o consumidor não quer pertencer a um grupo. Ele quer ser visto como único. Essa mudança de expectativa é clara nos dados:

– Segundo a Deloitte, a hiperpersonalização é a principal tendência de marketing em 2025 — não como tática, mas como base da comunicação moderna;

– Um relatório da Twilio mostra que 69% dos consumidores já esperam personalização em tempo real, mas só 34% das marcas conseguem entregar isso de forma consistente;

– Marcas que investem em personalização eficaz veem até 123% mais receita por usuário, com impacto direto na recompra e na fidelidade.

O que isso nos mostra? Que o mercado já virou a chave, e quem ainda trata o cliente com mensagens genéricas corre o risco de ser ignorado — ou substituído.

De falar com grupos a conversar com indivíduos 337g

Durante anos, usamos segmentações para tentar nos aproximar do consumidor: faixa etária, localização, interesse. Foi um bom começo. Mas, agora, quem compra quer ser tratado como único.

E não é só por preferência. É por hábito. Estamos lidando com consumidores que se relacionam com plataformas como Spotify, Netflix, Amazon e TikTok, nas quais tudo já é personalizado — do conteúdo ao tom de voz. No e-commerce, isso se traduz em perguntas novas:

– Por que o cliente que clicou duas vezes no produto ainda não comprou?

– Que tipo de oferta pode convencê-lo agora?

– Qual canal ele prefere para receber essa mensagem?

A resposta não vem mais da intuição. Ela vem dos dados e da capacidade da IA de interpretá-los com velocidade e precisão.

A IA como força silenciosa por trás de experiências memoráveis 42582s

Quando falamos de IA no marketing, ainda há quem pense em automação fria. Mas o que estamos vendo é justamente o contrário: mais tecnologia, mais humanidade.

Com IA, conseguimos entender comportamentos em tempo real, prever necessidades e agir com precisão, mesmo com milhares de clientes diferentes. Ela nos permite:

– Oferecer produtos com base em intenção real de compra — não só histórico;

– Mudar a vitrine de uma loja virtual conforme o perfil de quem navega;

– Responder com empatia, mesmo em interações automatizadas;

– Criar campanhas que se adaptam sozinhas à resposta do público.

Isso é mais do que eficiência. É inteligência aplicada ao que realmente importa: a experiência do cliente.

O paradoxo: quanto mais dados, mais confiança precisamos gerar 4c6o3f

Essa personalização só funciona se for baseada em relação de confiança. O consumidor 2025 está mais consciente e quer saber por que você está pedindo dados, o que vai fazer com eles e qual o benefício direto. E ele está certo.

Não podemos falar de hiperpersonalização sem falar de governança de dados, transparência e valor percebido. Usar dados com responsabilidade, comunicar com clareza e entregar algo relevante em troca — esse é o novo contrato de marca. Empresas que respeitam isso ganham. As que ignoram perdem espaço.

O futuro exige ação estratégica e coragem para mudar agora 2g6o4z

Personalizar em escala com IA exige mudança de mentalidade. Não se trata de trocar ferramentas, mas de reconstruir processos com foco no cliente real.

É sair do piloto automático e entrar num modelo de comunicação dinâmico, adaptável e centrado em dados de verdade. Não precisamos de fórmulas mágicas. Precisamos de clareza:

– Quem é meu cliente, de verdade?

– Como ele pensa, consome, decide?

– O que posso fazer, hoje, para entregar uma experiência mais útil, mais leve, mais humana?

A tecnologia está pronta. Os dados estão aí. O que define quem lidera o próximo ciclo é quem age agora, com inteligência e intenção.